Decidi passear pela velha cidade
Conhecer seus enredos, sua diversidade
Visitei galerias, vislumbrei obras de arte
Exposições das mais diversas categorias
Veja! Um escultura feita só de energia
Uma variada nuance que se evidencia
Sombra, luz e contra-luz
Como em um retrato silhueta reproduz
Sobressalente ao fio que a conduz
Em um cômodo vazio analogia foi feita
Ali um pescador que em sua rede se deita
Trouxe sua história, tudo a que se sujeita
Visitei um museu que eu não conhecia
Cômodos vagos, com o cenário, em desarmonia
Total contraste com minha ideologia
Longe do perfeito eles se apresentam
Mas com singularidade também me acrescentam
Meu mecanismo sinto que movimentam
Quadros bonitos na parede pendurados
Parecem deixar o lugar mais convincente
Camuflaram a real estrutura ali presente
Se toda essa matéria for então demolida
Por debaixo do solo estará uma alma desfalecida
Uma construção de mim não permitida
Ela trazia mais janelas, mais pinturas
Mais possibilidades, mais aventuras
Trazia mais horizontes e mais bravura
Para quê as trancas se poderia ter livre acesso?
Para quê o chicote se impede meu sucesso?
Para quê as forcas se sufocam meu progresso?
Paula Moura
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